sexta-feira, 5 de junho de 2015

Seminário da VRC em Roma/Itália

Formadores e FormadorAs participam, em Roma, do Congresso Internacional de 8 a 11 de abril - 2015.

“Que o Filho de Deus já formado em você cresça para se tornar grande. Ele será para você um sorriso, uma exultação, uma plenitude da alegria que ninguém lhe poderá tirar”. (Isaac de Stella)

Na celebração do Ano da Vida Consagrada, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de vida Apostólica, presidida pelo Cardeal João Braz de Aviz, reuniu em Roma cerca de 1.260 formadores e formadoras, na sua variedade de carisma, cultura e língua para refletir sobre os fundamentos da identidade da vida consagrada na Igreja e no mundo e sobre as exigências formativas em contextos contemporâneos.

A Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas marcou presença com a participação das Irmãs: Etra Modica (Itália), Animadora Geral da Formação; Therèse Mushiya Mwamba (África), Conselheira e Mestra das Noviças-Província São José; Vijaya Stella John Joseph (Índia) juniorista a Roma; Maria Grace Mirabel (Filipinas), Pastoral Vocacional, ambas Província Nossa Senhora de Fátima; Ana Paula F. da Rocha (Brasil), Responsável do Juniorato Congregacional, Acilia/Roma.

O encontro teve o seguinte tema: Formados à vida consagrada no coração da Igreja e do Mundo. O lema: Viver em Cristo segundo a forma de vida do Evangelho. O Congresso iniciou com a vigília de oração conduzida pelo cardeal José Rodriguez Carballo (OFM), secretário da Congregação. Dividido em cinco sessões de palestras e um seminário, o encontro abordou os aspectos da missão dos consagrados, à luz de passagens bíblicas, em um mundo cada vez mais indiferente ao Evangelho. Os formadores eram divididos em pequenos grupos linguísticos, ao redor de uma mesa, favorecendo a troca de experiências e a dinâmica de pequenas comunidades, assim denominados pelos moderadores do Congresso: Padre Amedeo Cencini e Irmã Iolanda Kafka.

O Congresso desenvolveu em forma orante, pois as liturgias eram bem dinamizadas durante a jornada e, sobretudo, a acolhida da Palavra através da leitura orante conduzida pela Irmã Nuria C.Benages e Pe.Gargano Innocenzo. A escuta orante da Palavra é fundamental para a missão do formador e da formadora na missão de formar-se e “formar” segundo a forma de vida do Evangelho, para serem homens e mulheres realmente livres; amadurecer a própria identidade para poder dialogar com todas as culturas e se tornar, no hoje dos fluxos migratórios, sinal profético de acolhimento e de comunhão.
As conferências desenvolvidas no congresso insistiram muito na importância da formação continuada, da formação dos formadores e o discernimento das motivações vocacionais dos candidatos e candidatas à vida consagrada.  O congresso serviu para tomar consciência do dom de ser formadora, pois nem sempre é fácil ver a formação e o ministério de formadores como um dom gratuito de Deus na evangelização de nossa humanidade.

No congresso tivemos a oportunidade de encontrar em audiência o Papa Francisco na Aula Paulo VI o qual ressaltou: “Sejam testemunhos, não somente ‘mestres’. Diante de uma relativa diminuição quantitativa de religiosos no mundo, parece sempre mais urgente a tarefa de uma formação que plasme de verdade no coração dos jovens o coração de Jesus, afim  de que tenham os seus mesmos sentimentos. Não tem crise vocacional onde tem consagrados capazes de transmitir, com o próprio testemunho, a beleza da consagração:  O testemunho é fecundo, se não tem um testemunho, se não tem coerência, não terão vocações. É este testemunho que sois chamados. Este é o vosso ministério, a vossa missão. Não sois somente ‘mestres’, sois sobretudo, testemunhos do seguimento de Cristo no vosso próprio carisma”.

Diante do que ouvi e da minha experiência aumenta a minha convicção de que a formação precisa percorrer este caminho da evangelização do coração, somente assim, seremos formadas com os mesmos sentimentos de Cristo e conscientes de que a formação não são etapas definidas, mas uma tarefa que dura à vida toda.  Portanto, a formação é sempre um convite a amadurecer a docibilitas – literalmente significa: liberdade ou disponibilidade da pessoa em deixar-se instruir-formar; habilidade de aprender a aprender para encontrar-nos como uma pessoa disponível, que se deixa formar sempre, num processo de formação inicial e continuada. Concluo com uma expressão de P.Cencini: “quem não entende que a formação é contínua, vive uma frustração continua”.  Irmã Ana Paula Ferreira da Rocha, mscs. Responsável das Irmãs Junioristas, Acilia, Roma, Abril 2015.



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